Conheça as principais diferenças entre cifra, tablatura e partitura
Entender a diferença entre cifra, tablatura e partitura é útil para que você possa definir suas preferências, saber como elas se aplicam no dia a dia e em quais situações elas podem ser usadas ou devem ser dispensadas.
Então, neste post, vamos abordar suas diferenças básicas, utilidades e funções. Assim, você poderá decidir como usar essas ferramentas. Acompanhe!
A partitura
Por um minuto, imagine-se um compositor barroco. Você está em pleno processo de criação de uma peça erudita encomendada. Nesse exercício, precisa garantir que algumas dezenas de músicos a executem exatamente como você a imaginou. Não dá para fazer isso cantando as frases para eles, certo?
A partitura é a solução para isso. Não só para representar cada detalhe da execução, mas para a própria atividade de composição. Uma peça escrita para uma sinfônica é elaborada com o uso da própria partitura, uma vez que os instrumentos só fazem sentido quando tocados juntos.
Ainda que algumas frases possam ser tocadas em algum instrumento durante o processo de criação, o todo da composição precisará ser transcrito para a partitura, de acordo com regras definidas de produção.
Além de permitir essa atividade de arranjo, as partituras fornecem uma notação muito clara e detalhada, ainda que não seja perfeita. Detalhes como acentuação rítmica, tempo, velocidade, o próprio ritmo e a melodia estão presentes e determinados.
Portanto, a partitura informa as notas que devem ser tocadas, a interpretação que precisa ser dada a elas, o tempo, a velocidade, o tom e assim por diante. Além disso, a partitura também pode descrever exercícios e informar detalhes teóricos, como os modos gregos.
A tablatura
Agora, imagine um professor de guitarra que deseja descrever em forma de “um desenho” como tocar uma frase no instrumento. Ele não quer informar apenas as notas aos alunos, e sim o melhor local do braço para que a música seja executada, por exemplo.
Talvez, o objetivo seja mostrar a possibilidade de fazer um acorde de Lá maior com pestana na 5ª casa ou com duas cordas soltas e 3 dedos na 2ª.
É esse desenho de uma frase melódica ou de um acorde que é representado na tablatura. Ou seja, no lugar das notas descritas em uma partitura, esse formato registra a execução delas no braço de um instrumento de cordas.
Além de não servir para registrar uma música tocada em uma arpa, por exemplo, ela não é tão completa e detalhada em aspectos como velocidade, tom, acentuação e representação de intervalos de silêncio.
Ainda assim, a tablatura é uma grande aliada dos iniciantes, pois é simples de entender e usar, uma vez que é uma representação do braço do instrumento, o que a torna mais intuitiva.
As cifras
Em contrapartida, as cifras representam acordes em forma de letras do alfabeto, somadas a números e símbolos. Elas apenas sinalizam qual acorde deve ser tocado, mas não especificam qual a sua digitação, deixando o músico livre para fazer essa escolha. Utilizadas sempre em conjunto com a letra da música em questão, cada símbolo é posicionado acima da sílaba exata em que o acorde deve ser trocado, mas não representam o ritmo, a acentuação e outros detalhes da execução da canção.
Ficou clara a diferença entre cifra, tablatura e partitura? Nesse conteúdo, procuramos evitar uma explicação essencialmente descritiva e focamos mais em termos funcionais, por entendermos que é o que realmente interessa. Assim, é possível determinar por você mesmo a notação mais útil e viável em cada situação.
Agora, chegou o momento de acessar uma postagem complementar que separamos para você. Continue por aqui e confira 5 aplicativos para músicos que vão te ajudar muito!